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Reviver a História Firmando Raízes

Por ocasião da inauguração da Comunidade Terapêutica.

A 23 de outubro de 1998 era inaugurada a Comunidade Terapêutica Casa Grande, no lugar da Vergada, freguesia de Mozelos.

Era o culminar de uma longa batalha, pela criação desta resposta de apoio ao tratamento e reinserção de toxicodependentes.

Foram muitos os obstáculos que tiveram que ser ultrapassados, desde os aspetos de ordem financeira até à resistência por parte de algumas franjas da população que não via com agrado a abertura da comunidade terapêutica. Com muito trabalho, esforço e perseverança conseguiram-se reunir as condições que permitiram materializar esta realidade.

Foi mais um marco importante no reconhecimento que a toxicodependência deve ser vista como uma doença, contribuindo sem dúvida para afastar a visão estigmatizante que infelizmente se encontra associada a esta patologia.

Cremos que o tempo nos veio a dar razão. A Comunidade Terapêutica encontra-se perfeitamente integrada no meio; contribuiu para a recuperação de vários toxicodependentes e mais recentemente alcoólicos; contribuiu para quebrar preconceitos; sendo, igualmente, uma das valências da Associação com mais reconhecimento externo.

Na inauguração estiveram presentes, entre outros, o Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, Alfredo Henriques, o Bispo do Porto D. Armindo Lopes Coelho e o Ministro- adjunto do Primeiro-ministro, José Sócrates.

Comunidade Terapêutica Casa Grande

 

Reviver a História Firmando Raízes

O Nascimento da APPV

Em 18/07/1994 era constituída a Associação Pelo prazer de Viver, sendo que o arranque efetivo da sua atividade ocorreu em meados de 1996 nas instalações cedidas pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, em Santa Maria de Lamas. Com o projeto “Actuar é Possível” – financiado pelo Medida 1 da I. O. Integrar – a APPV iniciava a sua atuação no tecido social, caraterizando desde logo a sua intervenção pelo trabalho em parceira com diversas instituições públicas e privadas do nosso concelho, pela proximidade de atuação junto dos mais excluídos, pela preocupação em intervir nas problemáticas sociais mais relevantes – desemprego feminino; baixas qualificações escolares e profissionais; abandono escolar; trabalho infantil; toxicodependência.

Este projeto, o seu carácter pioneiro e a forma como ele foi operacionalizado no terreno marcam de um modo inegável o futuro da Associação, sendo o ponto de partida para a consolidação do trabalho e da filosofia de atuação assente na promoção, dignificação e desenvolvimento dos cidadãos do concelho de Santa Maria da Feira.